Aqui está a segunda parte do diário do Algures, revelando toda a verdadeira verdade sobre... bem, sobre a verdade, eu acho. Enfim, nem eu mesmo sei do que estou falando, mas até aí o Algures sempre foi mais confuso que isso. Então vamos conferir o resto do diário, e esperar que a gente entenda alguma coisa?
Parte 1 ::
“Diário de Algures, 17:49. Lá estava eu, diante de um templo indiano, com uma enigmática frase na minha cabeça e um macaco raivoso nas minhas costas. Fiz de tudo para tentar me livrar, mas o macaco era bom. Acho até que sabia artes marciais. Não estava entendendo o motivo da agressividade do macaco, então comecei a analisar a frase que li na entrada do templo (até porque isso também me fazia momentaneamente esquecer a dor do macaco tentando arrancar minha orelha). Foi então que, ao conseguir me livrar do macaco, eu entendi: não era um animal raivoso vivendo ao redor do templo; o macaco era o seu guardião. E estava protegendo o que quer que tivesse lá dentro. ‘Quem contempla o templo com o tempo será contemplado’. Percebi que aquilo se referia à algo dentro do templo. Se eu entrasse lá, acabaria sendo ‘contemplado’ com algo, eventualmente. Mas o que eu ganharia?
Mas então os outros passageiros do ônibus tentaram entrar no templo, e foram atacados pelo macaco. Aproveitei que o animal havia se esquecido de mim e consegui adentrar no templo. E o que eu vi a seguir foi apenas uma intensa luz, seguida de um estranho som.
Quando a luz sumiu e meus olhos puderam enxergar de novo, já não me encontrava mais na Índia, e sim no meio de uma avenida. Pelas placas em inglês, imaginei tratar-se de uma cidade nos EUA. Aparentemente, quando entrei no templo, havia sido ‘contemplado’ com uma viagem através de teletransporte para outro lugar. Observei um painel eletrônico na Estrada, que dizia ‘Zumbis na área! Corram’. Imaginei ser obra de algum engraçadinho. Tentei procurar ajudar, para saber onde era o aeroporto mais próximo, mas conforme eu avançava, via que os arredores estavam aparentemente vazios, sem nenhum carro passando, nem pedestres.
Até que vi alguém se aproximando e chamando meu nome. Só podia ser alguém conhecido, pensei. E era. Freud, meu colega do Uarévaa se aproximava de mim. Logo juntaram-se a ele outros, meus outros colegas de Uarévaa, Duende, Star, Moura, Zenon, Pin, Skrull e Palmito. Mas eles estavam caminhando de uma forma muito estranha, e parecia que só sabiam dizer meu nome. Até que eles chegaram próximos o suficiente de mim, e percebi que eles não eram meus amigos. Não mais. Agora eram zumbis. Tentei correr desesperadamente, mas outros zumbis começaram a aparecer e me cercar. Amaldiçoei quem escrevera naquele painel por não incluir a frase ‘sim, é sério!’ na sua sentença. Chegou um momento em que não consegui mais fugir, e eles me pegaram. Quando me preparava para o pior, novamente uma luz igual à do templo me ofuscou, e logo eu não estava mais lá, estava em outro lugar. Esse lugar também era diferente, e não demorei para perceber que estava em uma realidade alternativa, onde a Holanda iniciou a terceira guerra mundial por causa da perda de um de seus acervos pornográficos. E foi assim que eu fui ‘contemplado’ pelo templo: com viagens esporádicas e periódicas à realidades alternativas, onde contemplei diversas possibilidades, diversos fins de mundo e futuros apocalípticos. Por fim, cheguei a uma realidade onde a informação era proibida e, através de uma mulher presa por roubar um livro, descobri como as coisas tinham chegado àquele ponto naquela realidade: tudo aconteceu porque alguém chamado Algures expôs uma verdade tão sinistra, tão reveladora, que trouxe pânico generalizado no planeta, causando um colapso na sociedade e obrigando os governos a proibir a informação.
Então era isso? Se eu descobrir toda a verdade, quando revelá-la tornarei o mundo pior? Não podia estar mais desolado. Não sabia o que fazer. Seria verdade mesmo? Aquilo era só uma realidade alternativa, que nunca aconteceria, ou eu iria ser mesmo o responsável por condenar a humanidade? Não tendo respostas para essa pergunta, logo me vi deixando aquela realidade novamente ofuscado pela luz intensa. E, quando percebi, me vi em uma sala de cinema. Havia um filme começando. Era uma adaptação cinematográfica da maior obra de quadrinhos de todos os tempos: Watchmen. Algo estava muito errado.
Continua...
Mas então os outros passageiros do ônibus tentaram entrar no templo, e foram atacados pelo macaco. Aproveitei que o animal havia se esquecido de mim e consegui adentrar no templo. E o que eu vi a seguir foi apenas uma intensa luz, seguida de um estranho som.
Quando a luz sumiu e meus olhos puderam enxergar de novo, já não me encontrava mais na Índia, e sim no meio de uma avenida. Pelas placas em inglês, imaginei tratar-se de uma cidade nos EUA. Aparentemente, quando entrei no templo, havia sido ‘contemplado’ com uma viagem através de teletransporte para outro lugar. Observei um painel eletrônico na Estrada, que dizia ‘Zumbis na área! Corram’. Imaginei ser obra de algum engraçadinho. Tentei procurar ajudar, para saber onde era o aeroporto mais próximo, mas conforme eu avançava, via que os arredores estavam aparentemente vazios, sem nenhum carro passando, nem pedestres.
Até que vi alguém se aproximando e chamando meu nome. Só podia ser alguém conhecido, pensei. E era. Freud, meu colega do Uarévaa se aproximava de mim. Logo juntaram-se a ele outros, meus outros colegas de Uarévaa, Duende, Star, Moura, Zenon, Pin, Skrull e Palmito. Mas eles estavam caminhando de uma forma muito estranha, e parecia que só sabiam dizer meu nome. Até que eles chegaram próximos o suficiente de mim, e percebi que eles não eram meus amigos. Não mais. Agora eram zumbis. Tentei correr desesperadamente, mas outros zumbis começaram a aparecer e me cercar. Amaldiçoei quem escrevera naquele painel por não incluir a frase ‘sim, é sério!’ na sua sentença. Chegou um momento em que não consegui mais fugir, e eles me pegaram. Quando me preparava para o pior, novamente uma luz igual à do templo me ofuscou, e logo eu não estava mais lá, estava em outro lugar. Esse lugar também era diferente, e não demorei para perceber que estava em uma realidade alternativa, onde a Holanda iniciou a terceira guerra mundial por causa da perda de um de seus acervos pornográficos. E foi assim que eu fui ‘contemplado’ pelo templo: com viagens esporádicas e periódicas à realidades alternativas, onde contemplei diversas possibilidades, diversos fins de mundo e futuros apocalípticos. Por fim, cheguei a uma realidade onde a informação era proibida e, através de uma mulher presa por roubar um livro, descobri como as coisas tinham chegado àquele ponto naquela realidade: tudo aconteceu porque alguém chamado Algures expôs uma verdade tão sinistra, tão reveladora, que trouxe pânico generalizado no planeta, causando um colapso na sociedade e obrigando os governos a proibir a informação.
Então era isso? Se eu descobrir toda a verdade, quando revelá-la tornarei o mundo pior? Não podia estar mais desolado. Não sabia o que fazer. Seria verdade mesmo? Aquilo era só uma realidade alternativa, que nunca aconteceria, ou eu iria ser mesmo o responsável por condenar a humanidade? Não tendo respostas para essa pergunta, logo me vi deixando aquela realidade novamente ofuscado pela luz intensa. E, quando percebi, me vi em uma sala de cinema. Havia um filme começando. Era uma adaptação cinematográfica da maior obra de quadrinhos de todos os tempos: Watchmen. Algo estava muito errado.
Continua...