À Beira da Loucura

É chegada a hora! Uma nova e aterrorizante realidade se abre diante de seus olhos e as mais terríveis criaturas chegam às portas da realidade trazendo os mais terríveis pesadelos! Real ou imaginário não faz diferença aqui, pois tudo acontece, por mais desesperador que seja!


Tema macabro:
Metallica – The Thing That Should Not Be




Desde que o cinema existe foram produzidos um sem número de filmes de terror, uns aterrorizantes, alguns ridículos e poucos inesquecíveis. E, desses poucos filmes de terror realmente inesquecíveis, falo sobre um que é muito pouco conhecido pelo público em geral, mas é um bom exemplo do “terror de verdade” que comentei no primeiro post. É o filme À Beira da Loucura.

Realizado por um dos mestres do cinema de Terror, John Carpenter, que nos deu entre outros a adaptação do livro de Stephen King, Christine e o clássico remake de Cidade dos Amaldiçoados, À beira da Loucura tem Sam Neil no papel principal e é um dos melhores exemplares do Terror de verdade.

À beira da Loucura começa quando o investigador de fraudes de seguro John Trent (Sam Neil) é atacado por um estranho que parece alucinado. O estranho acabara de ler um livro de Sutter Cane, famoso autor de terror, considerado o “novo Stephen King”. Logo, Trent é chamado pela editora que publica os livros de Cane para investigar o desaparecimento do autor, que sumiu deixando seu último livro inacabado. Trent aceita o trabalho, mesmo achando que se trata de algum golpe de marketing. A partir daí, as investigações de Trent o leva para o mundo dos livros de Sutter Cane, seus fãs e a uma série de estranhos e inexplicáveis eventos que não podem ser reais. E então o investigador embarca em uma jornada rumo aos mais surreais e assustadores sonhos tornados realidade.




Não pretendo estragar nenhum detalhe do filme contando spoilers, por isso a sinopse acima dá uma boa idéia do que se trata a história. O resto é melhor você ver por si mesmo. Isto é, se conseguir sobreviver até o fim do filme.

O filme consegue ser assustador, perturbador e impressionante pela atmosfera tensa que ele cria, além de brincar com as idéias de autores de terror se tornando realidade (ou não). O terror na história é totalmente psicológico, e é melhor não piscar quando for assistir esse filme, pois cada detalhe conta.

Além disso, o filme é uma grande homenagem à H.P. Lovecraft, pois apesar de não ser uma história baseada em nenhuma obra dele, o filme possui um sem número de referências ao autor: O título original do filme “In the Mouth of Madness (traduzindo literalmente, “Na boca da Loucura”), é um trocadilho com “In the Mount of Madness” (Nas Montanhas da Loucura), um dos mais famosos livros do autor. Além disso, todos os livros de Sutter Cane citados no filme possuem títulos semelhantes aos títulos dos livros de Lovecraft, assim como a própria narrativa emprega elementos do terror psicológico, uso de flashback e o tema da insanidade que são comuns na literatura do autor.

Infelizmente, o filme não foi bem recebido pela crítica e pelo público, pois, obviamente, já que era um terror “à moda Lovecraft”, não havia como ser bem assimilado pela grande massa. A crítica também não deu grandes notas ao filme, o que é uma pena, pois é um filme bastante subestimado e do qual não é dado o devido valor. Porém, para aqueles que querem conhecer o “terror de verdade” que tanto falo desde que iniciei esta coluna, o filme é uma ótima pedida. Mas veja com os olhos bem abertos, não desgrude os olhos da tela e, principalmente, não vá dormir logo depois.


Entrevista com John Carpenter sobre À beira da Loucura (Em inglês – mal ae, pessoal)





Curiosidade:
O Tema macabro deste post também é uma homenagem (minha e do Metallica) à H.P. Lovecraft...


Na Próxima Madrugada:
Eles criam pesadelos. Fewdio. Sem mais

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