Spin-Offs Parte 2 – Live Action


No ultimo post comentei sobre os desenhos animados que ganharam seus spin-offs com personagens secundários.

Mas agora passando para o mundo live-action, temos uma obra que é algo. Marco do SBT nos anos 90, Kevin Sorbo interpretou o lendário Hercules, em uma das séries mais capengas ever. Hercules e seu fiel amigo Iolaus enfrentavam diversas criaturas na Grécia Antiga, aprontando muitas confusões que até Zeus duvida!

E um belo dia ele conheceu a princesa guerreira Xena! A morenassa Lucy Lawless. E assim nasceu... ann... Xena, a Princesa Guerreira. A série com um dos nomes que mais rendeu piadinhas na face da Terra.



E assim, Xena e sua fiel amiga Gabriele enfrentavam diversas criaturas na Grécia Antiga, aprontando muitas confusões que até Hades duvida.

E eu acabei de notar que Hercules e Xena são uma versão com atores de He-Man e She-ra. A diferença é que provavelmente aqui os dois se comiam.


Law and Order deveria ganhar um troféu spin-off. Mais parideira que a Baby Consuelo, ela deu origem a Law and Order: SVU; Law and Order: Criminal Intent; Law and Order: Trial by Jury e Law and Order: Los Angeles.


A original trata dos casos semanais indo da investigação policial até os tramites do julgamento. SVU foi a que mais se destacou, tratando de crimes mais delicados como estupros por exemplo. Criminal Intent trata de casos mais perigosos. Trial by Jury tem maior enfoque no processo judicial. Los Angeles é a única que se passa fora de Nova York – e já foi cancelada.

Na mesma linha, CSI ganhou as crias CSI: Miami (com o intragável David Caruso) e CSI: New York (com Gary Sinise). Cada uma delas ganhou seu próprio diferencial: em Miami, os agentes se envolvem de forma mais pessoal com as vitimas e casos, enquanto a versão NY os crimes são mais brutais e a série em si é muito mais sangrenta, fria e tensa do que as duas anteriores.

The Practice, drama judicial com Dylan McDermott é filhote do produtor David E. Kelley, e já se utilizava de cruzamentos eventuais com outras séries dele, como Ally McBeal. Mas na ultima temporada da série o personagem Alan Shore, vivido por David Spader, foi apresentando, e no ano seguinte ganhou sua própria série, Boston Legal, com muito mais humor e acidez que a serie anterior. Aqui Alan segue em outro escritório, ao lado do neurastênico Denny Crane, vivido por Willian Shatner. Seguindo a tradição, vários personagens da serie anterior, tal qual de várias outras séries irmãs reapareciam.



No podcast ébrio de semana passada, galera comentou sobre o seriado Cheers. Cheers se passava em um boteco, o qual Ted Danson, interpretando Sam Malone, era o proprietário. No elenco, nomes de peso como Kirstie Alley (que ta com muito mais peso agora) e Woody Harrelson. E Kelsey Gramer, interpretando o psiquiatra Frasier Crane.


Acontece que com o fim de Cheers, uma série própria de Frasier estreou. Com o nome do próprio, a série mostrava o personagem voltando para sua cidade, Seattle, e convivendo com o pai e o irmão.


Bem, façamos as contas. Cheers estreou em 1982. Acabou em 1993. Frasier começou em 1993. Durou até 2004. Kelsey Gramer interpretou Frasier por mais de 20 anos. E depois foi lá fazer o Fera.

Barrados no Baile (90210), que eu nem vou me dar ao trabalho de descrever, deu origem em um episodio ao seu spin-off “irmão mais velho”: Melrose. Kelly se envolvia com Jake por alguns episódios – e logo depois Jake se torna um dos protagonistas de Melrose. Vários personagens de Barrados (quem inventou essa porra de nome?) fizeram aparições em Melrose durante a primeira temporada. Se na primeira o drama se focava na vida de adolescentes no colegial, a segunda mostrava a vida de jovens adultos morando em um condomínio.


Melrose também teve seu próprio spin-off. A mãe de uma das protagonistas aparece por alguns episódios apenas para estrelar em seguida a serie Models Inc. na qual era a dona de uma agencia de modelos em Los Angeles. Mas ao contrario das anteriores, teve vida bem curtinha.

Não satisfeitos, em 2008 estreou o remake/spin-off 90210 – mesma historia, personagens diferentes. A trama se passa na mesma escola e as personagens Kelly, Brenda e Donna, protagonistas da serie original, voltam como professoras e irmãs mais velhas de algumas das novas personagens.


Acha que acabou por ai? Que nada. No embalo, uma nova versão de Melrose também saiu no ano seguinte. Mas foi cancelado logo após a primeira temporada.
Esse povo não sabe quando parar...

Todo mundo já ouviu falar de Buffy, a Caça Vampiros. Buffy foi um sucesso, queira o Algures goste disso ou não. Com um grupo de personagens bem divertido e misturando sobrenatural com ação, tramas teen e muito humor, a saga de da caçadora e seu amado vampiro Angel durou sete temporada.


Minto. Buffy durou sete temporadas. O relacionamento dos dois teve que ter um breque lá pelo fim da terceira temporada, quando Angel ganhou sua própria série, ambientada em Los Angeles e levando consigo a coadjuvante Cordélia.

As duas séries passaram a coexistir, e muitas vezes fatos de uma influenciavam diretamente na outra.

E podem me julgar, eu gostava bagaraio de ambas.

Pra terminar, a sitcom mais legal de todas =D.

Friends é um sucesso absoluto. A série estreou em 1994 e durou 10 temporadas de muito sucesso. A comedia sobre os seis amigos teve um motivo para ser tão duradoura: a amizade do sexteto se estendeu do set para a vida real, não havia um protagonista, as tramas dividiam com justiça o tempo de cada ator – e cada personagem tinha sua função, suas peculiaridades e sua historia. A parceira do grupo era tão grande que eles jamais aceitavam concorrer como ator principal em qualquer premio – visto que se consideravam coadjuvantes uns dos outros. E os cachês eram, impreterivelmente, negociados em igualdade. Todos receberam do primeiro ao ultimo episodio exatamente o mesmo salário.


Mas com o fim de Friends, logo todos queriam um “novo Friends”. Nasceram aberrações como The Class, e coisas legais mais pra frente como It’s Always Sunny in Philadelfia e How I Meet Your Mother. Mas os produtores logo tiveram a sacada! O novo Friends? JOEY!

Claro. O personagem foi o único que teve um final aberto – não se casou nem se mudou para o subúrbio. Joey Tribianni tinha a maior possibilidade de uma serie própria.

Então, mandaram o galã italiano para Los Angeles para tentar a carreira cinematográfica em Hollywood, deram a ele uma irmã, um sobrinho e – heresia – um par romântico.

A série foi um fracasso. Cancelada na segunda temporada pela baixa audiência, Joey tinha um roteiro bobo que em pouco lembrava a série mãe.

Joey foi transformado. Deixou de ser o bobo conquistador e se tornou um quase débil mental tarado. Se o charme de Friends eram as interações entre os personagens cativantes, aqui tínhamos um elenco coadjuvante bastante fraco, um protagonista que perdeu o brilho e uma historinha bem dispensável. De bom apenas a entrada de Jennifer Coolidge, a mãe do Stifler, como a doida empresaria de Joey.


Não houveram participações dos personagens de Friends, nem mesmo menções a série. É como se fosse uma nova série de um novo personagem, que remetia vagamente ao original. Uma lastima, e um desperdício. Afinal, Frasier, Angel e tantos outros provaram que com qualidade, dá pra eternizar um personagem mesmo fora de seu habitat original.

E ai, lembram de mais algum Spin-off legal? Digam aí nos comentários.

Até o próximo episodio.

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