MAGAL


Sidney Magalhães. Conhece esse nome? Provavelmente não. Mas isto é o que está escrito na carteira de identidade desse, que é o maior ícone da musica brasileira – Sidney Magal.


Magal é energia, Magal é poesia. Magal é empolgação. Magal está no imaginário de 11 entre 10 mulheres brasileiras, e é alvo da inveja e admiração dos homens da nação.


Sidney lançou nos anos 70 seu primeiro grande sucesso: “Se Te Agarro com Outro te Mato”, no qual começou a incorporar o ritmo cigano, latino e a disco music, criando assim seu estilo único e ousado que desde então leva as fãs a loucura.


Mas seu apogeu se deu no final dos anos 80, inicio dos 90. Se a inesquecível “Sandra Rosa Madalena” fez todo mundo dançar ao som do embalo místico e contagiante de sua melodia, logo em seguida ele estourou na onda da musica proibida, a sensualidade da lambada, com “Me Chama que Eu Vou”, que se tornou abertura da badalada novela “Rainha da Sucata”. Impossivel ficar parado até hoje com essa canção. Muitas saias foram rodadas ao som dela.



Obviamente todo o talento deste latin lover não poderia se restringir a música, e ele marcou presença no cinema e na televisão. Estreou na telona com “O Sexo das Bonecas” e depois estrelou “Amante Latino”.


O grande destaque foi sua participação, no papel de si mesmo, em um dos mais icônicos filmes da cinemateca brasileira. O antológico e espetacular “O Inspetor Faustão e o Mallandro”. Essa película, raríssima de ser encontrada, o que é uma pena devido a seu valor histórico e cultural, unia dois dos maiores astros do Showbussines brasileiro, Fausto Silva e Sérgio Mallandro, que se unem para combater o comércio ilegal de codornas, cujos os ovos são amplamente procurados pelo seu poder afrodisíaco e o milagroso poder de arrancar apenas a verdade das pessoas. Participações especiais de Faustinho e Paulo Cesar Pereio como DEUS. Vale a pena ir em busca dessa preciosidade pois ninguém deve passar por essa vida sem testemunhar tal obra.



Ele ainda corou sua carreira cinematográfica com o neo-classico “Um Lobisomem na Amazônia”, em que interpreta o difícil papel de um Sacerdote Inca. Aqui ele co-estrela com meu amigo Pedro Neschling.



Mas voltando a nosso herói, Magal se aventurou também pela televisão, claro. E abrilhantou produções de grande qualidade como as novelas Ana Raio e Zé Trovão – no qual interpretava com excelência o sugestivo personagem Zé Cigano; Da Cor do Pecado, no papel do viril Comandante Frazão; e Bang Bang, onde se utilizava de seu amplo talento dramático com ênfase na sua veia cômica interpretando o inesquecível Zorroh.


E quando descobriu esse talento humorístico nato, ele se tornou praticamente um sucesso de Chico Anysio ao pegar para si o papel de professor da sensacional Uma Escolinha Muito Louca, ao lado de astros como Ricardo Corte Real, Luziane Baierle e Mateus Carrieri. Nessa atração inclusive há uma grande sacada: três alunas se chamam Sandra, Rosa e Madalena. Uma impressionante e genial homenagem a Magal.


Enfim, este pequeno artigo pouco consegue consagrar a importância desse astro para a cultura e o cancioneiro brasileiro, mas gostaria de poder incentivar as novas gerações a conhecerem a espetacular carreira do Rei Magal. Como ator, comediante, musico, cantor, dançarino, seja interpretante magistralmente ou simplesmente divulgando a tradição cigana como apenas, quiçá, Cigano Igor tenha conseguido feito próximo, Magal é e sempre será um exemplo para todos nós.

TODOS, COMIGO.



Simplesmente contagiante.

Até o próximo episódio.

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