Gafieira

Pagode Com Tempurá

Salve salve simpatia! Começando o Pagode com Tempura e hoje o assunto é Samba de Gafieira! Então clique ai no leia mais, e curta todo o gingado malemolente e malandro do estilo!


A Gafieira:


Gafieira é o local onde, por volta do fim do século XIX e início do século XX em diante, tradicionalmente as classes mais humildes podiam freqüentar para praticar as danças de casal, ou danças de salão. Não chegava a ser um clube e sim uma alternativa para essas pessoas e, pelo que consta a história, as gafieiras sempre existiram no município do Rio de Janeiro.

A gafieira mais antiga do Rio de Janeiro é de propriedade do senhor Isidro, um esforçado português que, na década de 1980, pretendia somente montar uma churrascaria nesse local. Mas, por excesso de exigências na obtenção de um simples alvará, ele desistiu do oneroso investimento, e como não havia o que fazer, aproveitou a instalação e montou uma casa de samba, a qual logo tornou-se a mais famosa em função da localização e também por ter acontecido no ressurgir dessa atividade esquecida com o fim da vida noturna. O Seu Isidro, além de ter ali recebido milhares de dançarinos no salão da ex-churrascaria, ainda hoje é um local aberto ao público e a quem quiser fazer uma visita ao passado e apreciar a decoração dessa churrascaria destinada a resgatar a cultura boêmia que não existe mais.

O Malandro:
A figura clássica do malandro, vem do Rio de Janeiro, lá da Lapa. Seu visual é bem conhecido: um terno branco, sapatos preto e branco, ou marrom e branco e, por debaixo do paletó, camisa preto e branca ou vermelha e branca, listradas horizontalmente, além de um Chapéu Panamá ou Palheta. Dentro do bolso da calça, o malandro carregava uma navalha. A mão sempre ficava dentro de um bolso da calça, segurando a navalha em prontidão para o ataque; a outra gesticulava normalmente; suas pernas não andavam uma do lado da outra, paralelas, mas sempre uma escondendo o movimento uma da outra, como se estivesse praticamente andando sobre uma linha.





A Dança:

Um dos principais aspectos observados no estilo samba de gafieira é a atitude do dançarino frente a sua parceira: malandragem, proteção, exposição a situações surpresa, elegância e ritmo. Na hora da dança, o homem conduz a sua dama, e nunca o contrário.
Dançando, o dito "malandro" sempre protege sua dama, dando a ela espaço para que ela possa se exibir para ele e para o baile inteiro ao seu redor e, ao mesmo tempo, impedindo uma aproximação de qualquer outro homem para puxá-la para dançar. Daí também a atitude de se sambar com os braços abertos, como se fosse dar um abraço, além de entrar no ritmo da música, proteger sua dama. Do mesmo jeito que o andar não deixava as pernas lado a lado, na dança, o malandro sempre cruza as pernas, remetendo à figura clássica.

A Música


Na década de 40 houve o estouro do Swing e as Big Bands, bandas musicais onde o número de componentes ultrapassava facilmente dez elementos. A característica principal desta música era a presença dos metais, tipicamente reconhecidos no jazz, como o saxofone, trompete e por ai vai.

Nessa época, nos salões de baile brasileiros se dançava bolero (também muito em evidência na década de 40), swing (por influência direta norte-americana) e também nossos gêneros nacionais: samba-canção, samba-batucada e samba-liso. Essas eram as três formas de se dançar o samba de salão no Brasil até a década de 1940.

Basicamente: Samba-canção era uma dança de dois movimentos por compasso; samba-batucada era uma dança com três movimentos por compasso, baseado no samba-canção e samba-liso era uma dança de quatro movimentos para dois compassos, sendo totalmente diferente dos outros dois.

E foi basicamente com Raul de Barros, um dos grande intérpretes do samba da época, que as s características básicas de um samba de gafieira genuíno tomaram forma. Nota-se claramente a influência dos metais na música, uma ginga mais própria nossa, de nossas raízes e uma bem maior alegria na sua execução. Todas essas características foram ter à dança, que daí sim começou a ser desenvolvida como samba de gafieira que conhecemos hoje.

É isso ai galera, espero que tenham gostado e apreciado esse ritmo cheio de graça e qualidade!

A gente se vê num boteco por ai!

Nome do Autor

Romenique Zedeck

é tecnólogo mecatrônico, fanático por cerejas e por música dos anos 80. Colecionador Magic the Gathering, quadrinhos e rótulos de cerveja. Bon Vivant, sempre está disposto a conhecer um bar/restaurante novo, e escreve por simples excesso de criativiade.

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