No post anterior:
Os tempos mudaram, mas Capitão América conseguiu se manter firme e forte através das décadas, mesmo seu tempo já tendo “passado”. Mas não foi fácil, principalmente durante os famigerados anos 90, onde até armadura ele precisou usar. O que mais o futuro reservaria para este icônico personagem?
“Enquanto isso, na banda desenhada...” é uma seção que traça um paralelo entre o universo real e o mundo dos quadrinhos, analisando como as duas realidades afetam uma à outra, trazendo informação e estimulando a reflexão acerca dessa 8ª arte.
Vida e Morte do Capitão América
Depois que retornou a vida, após o fiasco que foi a iniciativa “Heróis Renascem” (ver post anterior), a vida do Capitão América não mudou muito. Continuou membro dos Vingadores e enfrentando seus velhos inimigos, sozinho ou ao lado de outros personagens do universo Marvel. Mas não demoraria muito para que a vida de Steve Rogers fosse chacoalhada de forma intensa. Após revelar sua identidade secreta e passar a viver em uma vizinhança do Brooklyn, em Nova York, Steve Rogers fica a serviço da Shield e descobre que Bucky, seu parceiro na época da Segunda Guerra Mundial está vivo. Ele foi salvo pelos soviéticos, que programaram sua mente para se tornar um assassino a serviço do governo soviético sob o codinome de Soldado Invernal. Quando não estava em missão, era deixado em estado criogênico, isso fez com que o personagem envelhecesse menos do que Rogers durante esse tempo, atingindo apenas a idade cronológica de um jovem de 20 e poucos anos.
Soldado Invernal reaparece quando lança um ataque terrorista nos EUA, matando centenas. A Shield e o Capitão América o enfrentam, e o Capitão acaba descobrindo que o Soldado Invernal e Bucky são as mesmas pessoa. Os dois se enfrentam, e no final Bucky retoma suas memórias, lamentando tudo o que fez e desaparece.
Nesse ínterim, a Marvel Comics passou por um evento que eu particularmente considero a melhor megassaga já escrita pela casa das Idéias: Guerra Civil.
Na história, um grupo de heróis inexperientes enfrentam um vilão até chegaram em uma escola, onde este mesmo vilão explode a escola com alunos, professores e os heróis dentro. Essa tragédia força o governo a tomar uma atitude drástica e criar uma lei que obriga qualquer superhumano a se registrar perante o governo para poder usar suas habilidades. Alguns heróis ficam do lado do governo, outros não. Curiosamente, Capitão América é o primeiro a discordar da atitude do governo, o que o leva a liderar os heróis, que eventualmente passaram ser considerados criminosos. O Homem de Ferro, que havia ficado a favor do registro e do governo, passou a liderar os heróis registrados contra os não-registrados, o que acarretou em uma batalha onde a linha entre o certo e o errado, entre herói e vilão desapareceu, e todos os ideais heróicos foram colocados em cheque. Ao se dar conta de tudo isso, Capitão América decide se entregar ao governo, pois o que eles estavam fazendo estava prejudicando justamente o povo o qual ele sempre protegeu.
Ao ser levado para julgamento, no entanto, Capitão América foi atingido por um tiro (depois seguido por outros), vindo de ninguém menos do que Sharon Carter, amor de longa data do herói. Tudo não passava de uma grande conspiração, orquestrada pelos vilões Caveira Vermelha e Ossos cruzados, que sugestionaram Sharon hipnoticamente para que cometesse o assassinato.
Tony Stark (o Homem de Ferro), recebe uma carta escrita por Rogers antes de morrer, que pede ao herói que “salve” Bucky, porque o mundo ainda precisava de um Capitão América. Isto posto e feito, Stark oferece o manto de Capitão América para Bucky (que a esta altura já estava de volta e havia ajudado a Shield e tentado vingar a morte de Rogers), que acaba aceitando e se tornando o novo Capitão América.
Durante pouco mais de um ano, Bucky foi bem recebido como o novo Capitão América, mas Steve Rogers não demoraria muito a voltar. Na mini-série “Captain America: Reborn”, descobrimos que Steve Rogers não está morto, mas sim preso em um ponto fixo do espaço-tempo, em animação suspensa no tempo. Não vou entrar em detalhes porque, acreditem, é melhor vocês não saberem.
Após Reborn, fica-se a dúvida sobre quem seguirá sendo Capitão América, mas Steve Rogers insiste que Bucky continue com o legado. Ele continua até a saga Siege, que está saindo atualmente nos EUA e onde parece que Steve Rogers estará de volta ao manto de Capitão América e ao posto de líder dos Vingadores, ao lado de Thor e Homem de Ferro.
Capitão América é um personagem icônico, e por mais que sua roupa e sua criação estejam diretamente ligadas ao patriotismo americano, hoje o personagem, assim como Superman, representa ideais e valores que vão além de fronteiras continentais. Esperamos que ele continue levando esses valores adiante por muitas outras gerações.
A seguir: Ele é um dos heróis mais antigos dos quadrinhos, mas quase ninguém sabe disso. Na próxima semana, Porque tão sério?
Os tempos mudaram, mas Capitão América conseguiu se manter firme e forte através das décadas, mesmo seu tempo já tendo “passado”. Mas não foi fácil, principalmente durante os famigerados anos 90, onde até armadura ele precisou usar. O que mais o futuro reservaria para este icônico personagem?
“Enquanto isso, na banda desenhada...” é uma seção que traça um paralelo entre o universo real e o mundo dos quadrinhos, analisando como as duas realidades afetam uma à outra, trazendo informação e estimulando a reflexão acerca dessa 8ª arte.
Vida e Morte do Capitão América
Depois que retornou a vida, após o fiasco que foi a iniciativa “Heróis Renascem” (ver post anterior), a vida do Capitão América não mudou muito. Continuou membro dos Vingadores e enfrentando seus velhos inimigos, sozinho ou ao lado de outros personagens do universo Marvel. Mas não demoraria muito para que a vida de Steve Rogers fosse chacoalhada de forma intensa. Após revelar sua identidade secreta e passar a viver em uma vizinhança do Brooklyn, em Nova York, Steve Rogers fica a serviço da Shield e descobre que Bucky, seu parceiro na época da Segunda Guerra Mundial está vivo. Ele foi salvo pelos soviéticos, que programaram sua mente para se tornar um assassino a serviço do governo soviético sob o codinome de Soldado Invernal. Quando não estava em missão, era deixado em estado criogênico, isso fez com que o personagem envelhecesse menos do que Rogers durante esse tempo, atingindo apenas a idade cronológica de um jovem de 20 e poucos anos.
Soldado Invernal reaparece quando lança um ataque terrorista nos EUA, matando centenas. A Shield e o Capitão América o enfrentam, e o Capitão acaba descobrindo que o Soldado Invernal e Bucky são as mesmas pessoa. Os dois se enfrentam, e no final Bucky retoma suas memórias, lamentando tudo o que fez e desaparece.
Nesse ínterim, a Marvel Comics passou por um evento que eu particularmente considero a melhor megassaga já escrita pela casa das Idéias: Guerra Civil.
Na história, um grupo de heróis inexperientes enfrentam um vilão até chegaram em uma escola, onde este mesmo vilão explode a escola com alunos, professores e os heróis dentro. Essa tragédia força o governo a tomar uma atitude drástica e criar uma lei que obriga qualquer superhumano a se registrar perante o governo para poder usar suas habilidades. Alguns heróis ficam do lado do governo, outros não. Curiosamente, Capitão América é o primeiro a discordar da atitude do governo, o que o leva a liderar os heróis, que eventualmente passaram ser considerados criminosos. O Homem de Ferro, que havia ficado a favor do registro e do governo, passou a liderar os heróis registrados contra os não-registrados, o que acarretou em uma batalha onde a linha entre o certo e o errado, entre herói e vilão desapareceu, e todos os ideais heróicos foram colocados em cheque. Ao se dar conta de tudo isso, Capitão América decide se entregar ao governo, pois o que eles estavam fazendo estava prejudicando justamente o povo o qual ele sempre protegeu.
Ao ser levado para julgamento, no entanto, Capitão América foi atingido por um tiro (depois seguido por outros), vindo de ninguém menos do que Sharon Carter, amor de longa data do herói. Tudo não passava de uma grande conspiração, orquestrada pelos vilões Caveira Vermelha e Ossos cruzados, que sugestionaram Sharon hipnoticamente para que cometesse o assassinato.
Tony Stark (o Homem de Ferro), recebe uma carta escrita por Rogers antes de morrer, que pede ao herói que “salve” Bucky, porque o mundo ainda precisava de um Capitão América. Isto posto e feito, Stark oferece o manto de Capitão América para Bucky (que a esta altura já estava de volta e havia ajudado a Shield e tentado vingar a morte de Rogers), que acaba aceitando e se tornando o novo Capitão América.
Durante pouco mais de um ano, Bucky foi bem recebido como o novo Capitão América, mas Steve Rogers não demoraria muito a voltar. Na mini-série “Captain America: Reborn”, descobrimos que Steve Rogers não está morto, mas sim preso em um ponto fixo do espaço-tempo, em animação suspensa no tempo. Não vou entrar em detalhes porque, acreditem, é melhor vocês não saberem.
Após Reborn, fica-se a dúvida sobre quem seguirá sendo Capitão América, mas Steve Rogers insiste que Bucky continue com o legado. Ele continua até a saga Siege, que está saindo atualmente nos EUA e onde parece que Steve Rogers estará de volta ao manto de Capitão América e ao posto de líder dos Vingadores, ao lado de Thor e Homem de Ferro.
Capitão América é um personagem icônico, e por mais que sua roupa e sua criação estejam diretamente ligadas ao patriotismo americano, hoje o personagem, assim como Superman, representa ideais e valores que vão além de fronteiras continentais. Esperamos que ele continue levando esses valores adiante por muitas outras gerações.
A seguir: Ele é um dos heróis mais antigos dos quadrinhos, mas quase ninguém sabe disso. Na próxima semana, Porque tão sério?