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Steve Rogers quer entrar para o exército. Mas seu físico mirrado e doente o impede de realizar seu sonho de lutar pelo seu país. No entanto, em uma chance em um milhão, Rogers tem a oportunidade e mudar de vida, submetendo-se à um soro experimental desenvolvido para criar o soldado perfeito. O resultado do soro é um sucesso e o corpo do garoto é levado ao auge da perfeição humana. Assim, o antes fraco rapaz passa a ser o maior herói da América contra os nazistas, o Capitão América!
“Enquanto isso, na banda desenhada...” é uma seção que traça um paralelo entre o universo real e o mundo dos quadrinhos, analisando como as duas realidades afetam uma à outra, trazendo informação e estimulando a reflexão acerca dessa 8ª arte.
Nova Fronteira
Os anos 60 tiverem um renascimento das histórias de super-herói. Isso começou em 1956, quando a revista Showcase trouxe de volta, sob nova identidade, novo uniforme e nova origem um dos personagens mais populares da Era de Ouro, o Flash. A partir daí, uma série de outros personagens foram reformulados e trazidos de volta do limbo, como Lanterna Verde, Arqueiro Verde, Aquaman, entre muitos outros.
Já nos anos 60 propriamente ditos, a editora Atlas acabava dando origem à Marvel Comics, que passou a criar personagens diferentes dos quais os leitores estavam acostumados. Monstros verdes, industriais com problemas de coração que usavam armadura, entre outros davam o clima da nova era de super-heróis. Foi neste cenário que, durante uma batalha contra os Vingadores Namor, irado, joga no mar um bloco de gelo que alguns nativos adoravam como um Deus. Mas dentro deste bloco de gelo estava ninguém menos que o Capitão América, de escudo e tudo. Foi explicado que, ao fim da Segunda Guerra Mundial, o Capitão América desaparecera misteriosamente. Na verdade, ele acabou caindo no mar, onde foi congelado. Seu corpo foi mantido em animação suspensa no gelo até aquele presente momento, quando o ato no Namor causou o degelo que tirou o Capitão dali. Inacreditavelmente o herói estava vivo e aparentemente bem e não demorou muito a fazer parte dos Vingadores, tornando-se líder da equipe.
Ao contrário da tentativa de reviver o personagem nos anos 50, que foi um fracasso, esse novo retorno de Steve Rogers foi muito bem recebido pelo público, principalmente devido ao fato de que os eventos passados durante a Guerra com o personagem não haviam sido esquecidos. Aliás, o sentimento de culpa de Rogers pela morte de seu parceiro mirim, Bucky na Segunda Guerra foi amplamente explorado, e algo que demorou a ser superado pelo herói. Mais tarde, ele chegou a colocar o jovem Rick Jones sobre sua tutela, mas por um bom tempo relutou em deixar o garoto assumir o manto de Bucky, temendo que o mesmo acontecesse com ele também. Só um bom tempo depois Capitão finalmente superou a morte de seu primeiro parceiro e deixou Rick Jones dar sequência ao legado de Bucky. Mas a carreira de Rick como o parceiro do Capitão não durou muito tempo. Depois disso, Rogers conheceu Sam Wilson, que depois se tornou o super-herói Falcão. A amizade entre os dois deu início à diversas histórias onde atuavam juntos, percorrendo as estradas dos EUA, e por um tempo eles dividiram a revista “Capitão América e Falcão”, onde os dois atuavam como “heróis do povo”, por assim dizer.
Durante esse tempo, a vida pessoal de Steve Rogers não era nada fácil. Tentou uma série de empregos, como policial em Nova York e até desenhista de quadrinhos. Mas seu compromisso como Capitão América o tornava relapso nos seus empregos, fazendo com que ele nunca durasse neles. Após um tempo, finalmente sua vida mudou quando recebeu uma fortuna, resultado do soldo militar que ele não havia recebido desde seu desaparecimento. Por um tempo viveu bem, até o governo começar a questionar de onde tinha vindo essa fortuna súbita. É, parece que nem os “verdadeiros heróis americanos” tem vida fácil na Marvel...
A seguir: Bons tempos, maus tempos.
Steve Rogers quer entrar para o exército. Mas seu físico mirrado e doente o impede de realizar seu sonho de lutar pelo seu país. No entanto, em uma chance em um milhão, Rogers tem a oportunidade e mudar de vida, submetendo-se à um soro experimental desenvolvido para criar o soldado perfeito. O resultado do soro é um sucesso e o corpo do garoto é levado ao auge da perfeição humana. Assim, o antes fraco rapaz passa a ser o maior herói da América contra os nazistas, o Capitão América!
“Enquanto isso, na banda desenhada...” é uma seção que traça um paralelo entre o universo real e o mundo dos quadrinhos, analisando como as duas realidades afetam uma à outra, trazendo informação e estimulando a reflexão acerca dessa 8ª arte.
Nova Fronteira
Os anos 60 tiverem um renascimento das histórias de super-herói. Isso começou em 1956, quando a revista Showcase trouxe de volta, sob nova identidade, novo uniforme e nova origem um dos personagens mais populares da Era de Ouro, o Flash. A partir daí, uma série de outros personagens foram reformulados e trazidos de volta do limbo, como Lanterna Verde, Arqueiro Verde, Aquaman, entre muitos outros.
Já nos anos 60 propriamente ditos, a editora Atlas acabava dando origem à Marvel Comics, que passou a criar personagens diferentes dos quais os leitores estavam acostumados. Monstros verdes, industriais com problemas de coração que usavam armadura, entre outros davam o clima da nova era de super-heróis. Foi neste cenário que, durante uma batalha contra os Vingadores Namor, irado, joga no mar um bloco de gelo que alguns nativos adoravam como um Deus. Mas dentro deste bloco de gelo estava ninguém menos que o Capitão América, de escudo e tudo. Foi explicado que, ao fim da Segunda Guerra Mundial, o Capitão América desaparecera misteriosamente. Na verdade, ele acabou caindo no mar, onde foi congelado. Seu corpo foi mantido em animação suspensa no gelo até aquele presente momento, quando o ato no Namor causou o degelo que tirou o Capitão dali. Inacreditavelmente o herói estava vivo e aparentemente bem e não demorou muito a fazer parte dos Vingadores, tornando-se líder da equipe.
Ao contrário da tentativa de reviver o personagem nos anos 50, que foi um fracasso, esse novo retorno de Steve Rogers foi muito bem recebido pelo público, principalmente devido ao fato de que os eventos passados durante a Guerra com o personagem não haviam sido esquecidos. Aliás, o sentimento de culpa de Rogers pela morte de seu parceiro mirim, Bucky na Segunda Guerra foi amplamente explorado, e algo que demorou a ser superado pelo herói. Mais tarde, ele chegou a colocar o jovem Rick Jones sobre sua tutela, mas por um bom tempo relutou em deixar o garoto assumir o manto de Bucky, temendo que o mesmo acontecesse com ele também. Só um bom tempo depois Capitão finalmente superou a morte de seu primeiro parceiro e deixou Rick Jones dar sequência ao legado de Bucky. Mas a carreira de Rick como o parceiro do Capitão não durou muito tempo. Depois disso, Rogers conheceu Sam Wilson, que depois se tornou o super-herói Falcão. A amizade entre os dois deu início à diversas histórias onde atuavam juntos, percorrendo as estradas dos EUA, e por um tempo eles dividiram a revista “Capitão América e Falcão”, onde os dois atuavam como “heróis do povo”, por assim dizer.
Durante esse tempo, a vida pessoal de Steve Rogers não era nada fácil. Tentou uma série de empregos, como policial em Nova York e até desenhista de quadrinhos. Mas seu compromisso como Capitão América o tornava relapso nos seus empregos, fazendo com que ele nunca durasse neles. Após um tempo, finalmente sua vida mudou quando recebeu uma fortuna, resultado do soldo militar que ele não havia recebido desde seu desaparecimento. Por um tempo viveu bem, até o governo começar a questionar de onde tinha vindo essa fortuna súbita. É, parece que nem os “verdadeiros heróis americanos” tem vida fácil na Marvel...
Epílogo: Curiosidades
- Como Stan Lee ignorou a existência de um Capitão América entre o fim da Segunda Guerra e o período que ele trouxe o herói de volta, mais tarde foi explicado que as aparições do Capitão durante esse meio tempo aconteceram, mas não por conta de Steve Rogers (que durante este período estaria congelado). Então, foi dito que outras pessoas assumiram temporariamente o manto de Capitão América (e outras também assumiram a identidade de Bucky): William Naslund, o Independente, também chamado de "O Espírito de 76" foi convocado para usar o uniforme de Capitão América no lugar de Rogers (Um ex-jogador de baseball chamado Fred Davis se tornou o novo Bucky). Este Capitão foi morto ao tentar impedir o assassinato de John Kennedy (bem antes dele se tornar presidente) e foi substituído por Jeff Mace, que na época era o herói conhecido como Patriota, que atuou por um tempo até se aposentar. Mais tarde, um professor sem querer encontra a fórmula para o soro do supersoldado, injeta em si mesmo e se torna no novo Capitão América. O último deles foi um homem tão devotado a personificar seu ídolo que fez uma cirurgia para se tornar igual ao Capitão América. Mais tarde ele consegue uma cópia nazista do Soro do Supersoldado e injeta em si e em seu protegido. Mas o soro é imperfeito e deixa os dois insanos. Mais tarde, este personagem se torna o vilão Grande Diretor;
- Sam Wilson, o Falcão é, até onde se sabe, o primeiro super-herói negro dos quadrinhos mainstream;
- Capitão América foi um dos personagens que tinha seu próprio desenho no segmento The Marvel Superheroes, nos anos 60, junto com Namor, Homem de Ferro e Hulk;
A seguir: Bons tempos, maus tempos.