O Enigma do Horizonte

Você não sabe nada.
Inferno é apenas uma palavra.
A realidade é muito, muito pior.
O Enigma do Horizonte



Tema Macabro


Não é de hoje que o terror possui uma relação estreita com outros gêneros. Entre comédias de terror (como o atual líder de bilheteria americano, Zombieland), terror policial (Como Hellraiser 5), terror noir (como em Coração Satânico), terror dramático (A Mosca, de David Cronenberg), há ainda um gênero que é muito íntimo do terror: A ficção Científica. Tão íntimo que, não raro, muitas das grandes histórias de terror são também histórias de ficção científica. Que o digam as histórias de H.P. Lovecraft (Como O Chamado do Cthulhu, Howard West – Reanimator, entre outros) e alguns grandes clássicos do cinema como Vampiros de Almas, Guerra dos Mundos (o original, obviamente), entre outros. Um dos tipos de terror/sci-fi mais óbvios são, sem dúvida, os filmes de terror no espaço, que já contaram com algumas tosqueiras (como Jason X), mas que definitivamente tem seus clássicos. E um deles é o tema do post de hoje.

Paul W.S. Anderson pode hoje ser lembrado apenas por bombas como a série Resident Evil e Alien VS Predador, mas ele tem seu mérito dentro do gênero por ter trazido, em 1997, um dos melhores – e mais assustadores – filmes de ficção científica modernos, O Enigma do Horizonte.

Estamos no futuro, e Event Horizon é uma espaçonave que desapareceu nos limites de Netuno 7 anos antes. Agora, um sinal recebido indica que a nave reapareceu, por isso uma equipe é escalada para resgatar a nave, seus tripulantes e descobrir onde a nave esteve. Entre a tripulação estão Dr. Weir (Sam Neil, arroz de festa de filmes fodas de terror), cientista que construiu a Event Horizon e Capitão Miller (Laurence Fishburne), o comandante da tripulação. Ao encontrarem a nave e descobrir que os tripulantes originais estão mortos, uma série de eventos aparentemente sobrenaturais começam a ocorrer e aí o terror tem início.



Analisando as entrelinhas, O Enigma do Horizonte tem algumas “motivações” que passam despercebidas. Apesar de, na superfície, o longa ser uma ficção científica, existe um contexto religioso principalmente relacionado à mitologia cristã que está presente em todo a película e tenta trazer para a ficção científica as crenças relacionadas a deus, diabo, céu e inferno, entre outros. A produção é, basicamente, um filme sobre possessão demoníaca vista sob o ponto de vista “científico”.

Curiosidades:
Elementos e símbolos cristãos estão presentes em todo o filme. A nave Event Horizon, por exemplo, é uma cruz, e diversas outras referências à cruzes e à crucificação podem ser encontrados no decorrer do filme. Temos também um vislumbre do que seria o inferno “de verdade”. Existem outras referências, se vocês tiverem a oportunidade de assistir esse filme mais uma vez, tentem observar esses detalhes.


E, se vocês gostam de Terror no espaço, foi lançado em Setembro nos EUA Pandorum, uma ficção científica que lembra muito o Enigma do Horizonte e parece ser um filme bastante promissor. O filme conta com Dennis Quaid e Ben Foster. Ainda não sei quando virá para o Brasil, mas fiquem ligados.



Na Próxima Madrugada:
Todo mundo adora palhaços, né? Bem... Não exatamente. Se você tem caulrofobia, não esteja aqui na próxima semana, porque estaremos cara a cara com... A Coisa.

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