Lost – Tentando entender o que é isso tudo
Desde que comecei a escrever a coluna, me peguei pensando em como escrever um post sobre Lost. Lost talvez seja o grande motivo pelo qual eu me viciei em séries e passei a acompanhá-las com assiduidade.

Tudo começa com 48 sobreviventes de uma queda de avião em uma ilha no meio do Pacífico. O que parecia ser um No Limite interpretado (como se o original não o fosse) foi se mostrando cada vez mais intrigante, e claro, instigante. A cada episódio passamos a conhecer a vida de cada um dos personagens principais, em flashbacks que, quando prestamos atenção, se mostram analogias ao que ocorria ao mesmo tempo na ilha.
Os conceitos desenvolvidos para os personagens passaram a ser mutáveis – mas totalmente justificáveis. Lost foi uma das poucas produções que fugiram do maniqueísmo tão presente na dramaturgia mundial. A primeira temporada não possui vilões, ou pelo menos, não vilões com presença física. O perigo é quase invisível, como uma sombra a espreita dos heróis, que assusta mais do que aquele inimigo tangível, com risada maléfica e plano diabólico. Tudo se baseia na necessidade dos personagens em interagir, e sobreviverem ao ambiente, e principalmente, uns aos outros. Live together or die alone – Viver juntos ou morrer sozinhos – é a frase clássica e o resumo do que aquele grupo de desconhecidos vive na primeira temporada.

O básico de Lost é: ninguém é simplesmente bom. Ninguém é simplesmente mau. Todos são o acumulo de suas experiências de vida, tem suas respectivas motivações e, como qualquer ser vivo mutável e dotado de discernimento, de livre arbítrio, seguem seus caminhos tomando decisões que podem ser consideradas boas ou más. Depende do ponto de vista e conceitos de quem está tentando julgar.

Até o próximo episódio galera.