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Todos os caminhos levam a Roma!
Por Marcelo Starman


Sempre ouvi falar da série da HBO Roma, como era uma história forte, violenta, sexy, e com mensagens impactantes, não só pelo lado histórico, mas também por falar de coisas que ainda hoje podemos ver: Corrupção, traição, honra, amizade, enfim, tão atual quando interessante. E foi exatamente isso que vi ao assistir recentemente a primeira temporada do seriado, dividida em doze capítulos, mostrando a ascensão e queda de Caio Julio Caesar ao poder da Roma Antiga.

Considerado o seriado mais caro da história da TV, com orçamento de cem milhões de dólares por temporada, Roma mistura personagens históricos a outros fictícios. Entre os personagens fictícios principais estão Lucius Vorenas (Kevin McKidd), um oficial do exército romano, Titus Pullo (Ray Stevenson) também soldado de Roma, é o melhor amigo e seguidor de Lucius. Dos “oficiais”, podemos ver um Marco Antonio (James Purefoy) fanfarrão e seguidor da “boa luta”; Brutus (Tobias Menzies), melhor amigo de César; Octavian (Simon Woods), sobrinho de Julio e futuro imperador romano; uma Cleópatra (Lindsey Marshal) exuberante e divertida. Contudo, eles não estão ali somente como às figuras históricas que nos acostumamos a ver nos livros na escola, mas sim, como pessoas com defeitos, qualidades, erros e acertos, reais e que se tentam sempre seguir no meio das situações que surgem.

Além do plano político, óbvio foco principal da história, temos subplots bem interessantes: Como a luta por conquista do coração de César, ou melhor dizendo, do poder que essa conquista traz, da relação de amizade de Titus e Lucius, os segredos familiares, as artimanhas que se pode fazer pelo poder, a corrupção romana, enfim, são tantas coisas que se fala-se muito poderia estragar as surpresas, e confiem em mim, surpresas é o que mais se tem nessa série. Acho que o momento mais divertido dela, para mim, foi a viagem da comitiva de César ao Egito para recuperar o corpo de um inimigo e por fim a eminente guerra civil no local. Um bom paralelo pode-se ser feito com a forma que os governantes americanos agiram nos últimos anos, também temos passagens hilárias, como as piadas de Titus – por sinal, um personagem até simples por boa parte da temporada, comediante, mas com um impacto emocional forte nas pessoas ao seu redor.

Aliás, o vinculo criado por Pullo e Verona ao longo da série é em particular responsável pelo carisma do seriado. Feito de uma forma cadenciada, de inicio não se suportando até chegar ao ponto de um lutar numa arena para salvar o outro, essa progressão é bonito de se ver na televisão, onde muitos personagens de produções são descaracterizados ou ligados de uma forma muito rápida (cof.. coff.. Heroes cof.. cof). E essa progressão acontece co todos os personagens, até de formas surpreendentes, aliás, já falei que é cheio de surpresas? Mas, para quem gosta de muita porrada em histórias históricas não precisa se preocupar. Desde a primeira cena, temos batalhas bem feitas e instigantes de lhe prender com os olhos na tela, até ter um certo nojo com tanto sangue e decepações. Porém, se você gosta de ver algo sobre antiguidade por que pensa: “Pô, esse povo devia ser tudo cheio das putarias”, aqui você também irá encontrar: é escravo com patrão, mulher com mulher, entre familiares, sem contar com as belas mulheres que passam pela tela, como Atia (Polly Walker) - sobrinha de César, mãe de Octavian e Octavia (Kerry Condon) – a própria Cleópatra, enfim, tudo de um pouco se encontra em Roma.

Então, quando passar por uma locadora e ver o Box do seriado dando sopa, e tendo tempo livre – porque acredite em mim, quando começar não vai querer parar até terminar – pegue e seja feliz durante boas horas. Prometo que ao terminar a primeira temporada estará sedento por mais uma, assim como fiquei.

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