Essa é a coluna escrita por voce, leitor do blog, que viu, leu, ouviu, pensou, etc... algo legal por ai e quer dividir com a gente. O tema é livre, se coça ai e manda seu texto para uarevaa@gmail.com. Hoje o Fábio Farro de Castro colabora conosco levantando uma interessante questão...
Ou melhor, há espaço para esse gênero em nosso país? Estive discutindo isso com uns amigos meus no MSN, pois sou um, como posso dizer, roteirista amador e pretendo lançar não só uma HQ e sim uma linha inteira ou o nome correto seria selo? Bom, sou Fabio Farro de Castro (ainda não tenho nick, por isso o nome completo, = P) e vocês já devem ter visto os meus comentários no MDM, 100Grana, Judão, aqui no Uarévaa e em alguns outros blogs/sites que não me lembro no momento.
Vamos voltar ao assunto em questão. O gênero de Super-heróis sempre esteve associado à cultura americana, obviamente por ter surgido lá (Dãããã..., você provavelmente me responde. Me deixa terminar antes, catzo!), mas a questão que permanece até os dias de hoje é porque personagens criados aqui, desse gênero, não fazem sucesso.
Digo, não tem a devida divulgação e até, porque não dizer, distribuição. Vocês devem estar respondendo: “Isso é mentira! E o Homem-Grilo? O Cometa? Etc...”, se não fosse pela a Internet ou / e revistas especializadas nós nunca ficaríamos sabendo desses personagens. Para vocês terem uma idéia, na banca perto da minha casa não tem nenhum quadrinho nacional de super-heróis, de nacional só Turma Da Mônica (original e a Jovem “massa, véio”). E quais seriam os problemas?
Falta de qualidade? Não, tem muito produto bom aí, mas raramente uma editora arrisca em publicar e as que publicam são as editoras pequenas que não dão a divulgação apropriada para a HQ.
Preconceito por parte do público? Na minha opinião, acho que sim, pois muitos consideram o produto nacional como inferior.
Falta de apelo com o público? Sim, porque as editoras visam mais o público infanto-juvenil que está mais interessado em anime/manga do que em super-heróis e isso quando resolvem ler.
Falta de ousadia das editoras? Sim. Apesar de que a maioria dos super-heróis brasileiros atuais, incluindo o Homem-Grilo, enveredam para o humor.
O que isso tem a ver? A maioria das Hqs nacionais desse gênero que são divulgadas ou são humorísticas ou são didáticas, algo tipo “O Encapuzado Contra A Dengue!”.
Como o livro A Saga Dos Super-Heróis Brasileiros, de Roberto Guedes, mostra o Brasil tem uma extensa lista de personagens que na época não receberam a devida atenção. Se tivessem recebido (ou tivesse um editor ousado aqui), teriam criado uma linha de Super-Heróis brasileiros e levado à idéia adiante. Mas não, tratavam aquilo como bobagem e logo eles sumiram nos anos 80 para dar lugar exclusivamente a Super-Heróis americanos. Você pode dizer que eles eram infantis, bobos e meras cópias dos americanos, mas duvido que você sabia que o Judoka (a versão brasileira que fique bem claro) era a favor da Ditadura. Poderia se criar uma ótima historia do Judoka, hoje em dia, se baseando nisso. Outro problema é que não deram incentivo, os personagens eram considerados simples cópias, foram relegados ao esquecimento e não se criou uma tradição, no mainstream, de Super-Heróis brasileiros.
Agora estamos em uma época perfeita para revitalizar o gênero aqui. Por que? Querendo ou não, tenho que concordar com um amigo que as Hqs lá foram estão em decadência, vide One More Day e Countdown, só para ficar no lixo puro! Os leitores estão começando a se cansar de longas sagas e cronologia toda complexa. Quem acompanha mesmo hoje em dia são, na maioria, leitores acima dos 18 anos. E isso sem falar na dificuldade de nos identificarmos com os personagens.
Talvez seja porque eu quero entrar no mercado, mas acho que o gênero pode funcionar sim no Brasil. O negócio não é só jogar um monte de personagens com superpoderes em um ambiente brasileiro. Os leitores têm que se identificar com eles, os personagens devem ter os mesmos problemas e etc.
É isso. Se os leitores se mostrarem (mais) interessados, quem sabe as editoras resolvam publicar mais hqs de Super-Heróis nacionais e de qualidade?
Se acharem erros, culpe o Word do Ruindows XP e o Bill Gates. Escrevi muito, mas não cheguei uma conclusão, fazer as pressas dá nisso. E caso o Algures se ausentar, me candidato para a vaga dele! = P
Precisamos De Super-Heróis Brasileiros?
Ou melhor, há espaço para esse gênero em nosso país? Estive discutindo isso com uns amigos meus no MSN, pois sou um, como posso dizer, roteirista amador e pretendo lançar não só uma HQ e sim uma linha inteira ou o nome correto seria selo? Bom, sou Fabio Farro de Castro (ainda não tenho nick, por isso o nome completo, = P) e vocês já devem ter visto os meus comentários no MDM, 100Grana, Judão, aqui no Uarévaa e em alguns outros blogs/sites que não me lembro no momento.
Vamos voltar ao assunto em questão. O gênero de Super-heróis sempre esteve associado à cultura americana, obviamente por ter surgido lá (Dãããã..., você provavelmente me responde. Me deixa terminar antes, catzo!), mas a questão que permanece até os dias de hoje é porque personagens criados aqui, desse gênero, não fazem sucesso.
Digo, não tem a devida divulgação e até, porque não dizer, distribuição. Vocês devem estar respondendo: “Isso é mentira! E o Homem-Grilo? O Cometa? Etc...”, se não fosse pela a Internet ou / e revistas especializadas nós nunca ficaríamos sabendo desses personagens. Para vocês terem uma idéia, na banca perto da minha casa não tem nenhum quadrinho nacional de super-heróis, de nacional só Turma Da Mônica (original e a Jovem “massa, véio”). E quais seriam os problemas?
Falta de qualidade? Não, tem muito produto bom aí, mas raramente uma editora arrisca em publicar e as que publicam são as editoras pequenas que não dão a divulgação apropriada para a HQ.
Preconceito por parte do público? Na minha opinião, acho que sim, pois muitos consideram o produto nacional como inferior.
Falta de apelo com o público? Sim, porque as editoras visam mais o público infanto-juvenil que está mais interessado em anime/manga do que em super-heróis e isso quando resolvem ler.
Falta de ousadia das editoras? Sim. Apesar de que a maioria dos super-heróis brasileiros atuais, incluindo o Homem-Grilo, enveredam para o humor.
O que isso tem a ver? A maioria das Hqs nacionais desse gênero que são divulgadas ou são humorísticas ou são didáticas, algo tipo “O Encapuzado Contra A Dengue!”.
Como o livro A Saga Dos Super-Heróis Brasileiros, de Roberto Guedes, mostra o Brasil tem uma extensa lista de personagens que na época não receberam a devida atenção. Se tivessem recebido (ou tivesse um editor ousado aqui), teriam criado uma linha de Super-Heróis brasileiros e levado à idéia adiante. Mas não, tratavam aquilo como bobagem e logo eles sumiram nos anos 80 para dar lugar exclusivamente a Super-Heróis americanos. Você pode dizer que eles eram infantis, bobos e meras cópias dos americanos, mas duvido que você sabia que o Judoka (a versão brasileira que fique bem claro) era a favor da Ditadura. Poderia se criar uma ótima historia do Judoka, hoje em dia, se baseando nisso. Outro problema é que não deram incentivo, os personagens eram considerados simples cópias, foram relegados ao esquecimento e não se criou uma tradição, no mainstream, de Super-Heróis brasileiros.
Agora estamos em uma época perfeita para revitalizar o gênero aqui. Por que? Querendo ou não, tenho que concordar com um amigo que as Hqs lá foram estão em decadência, vide One More Day e Countdown, só para ficar no lixo puro! Os leitores estão começando a se cansar de longas sagas e cronologia toda complexa. Quem acompanha mesmo hoje em dia são, na maioria, leitores acima dos 18 anos. E isso sem falar na dificuldade de nos identificarmos com os personagens.
Talvez seja porque eu quero entrar no mercado, mas acho que o gênero pode funcionar sim no Brasil. O negócio não é só jogar um monte de personagens com superpoderes em um ambiente brasileiro. Os leitores têm que se identificar com eles, os personagens devem ter os mesmos problemas e etc.
É isso. Se os leitores se mostrarem (mais) interessados, quem sabe as editoras resolvam publicar mais hqs de Super-Heróis nacionais e de qualidade?
Se acharem erros, culpe o Word do Ruindows XP e o Bill Gates. Escrevi muito, mas não cheguei uma conclusão, fazer as pressas dá nisso. E caso o Algures se ausentar, me candidato para a vaga dele! = P