Moura em Série - Especial

MOURA EM SERIE ESPECIAL: FERIADAO NA CASA DO DUENDE

Antes de qualquer coisa um breve resumo da criação do Uarevaa. Um bando de desocupados aproveitando a ausência de trabalho ou o ócio no mesmo, batia papo numa tarde cinzenta e entediante no Chat Mdm. Alguém que não sei quem, deu a idéia da troca de MSN. Depois de vários papos coletivos no MSN, passamos para o Orkut com a comunidade Chat MDM. Na comunidade, exercendo ainda nosso direito ao ócio, criamos personagens, novelas e inutilidades afins. Ate que este que vos fala (ou digita, enfim...) deu a idéia de montarmos um Blog. Depois de rechaçado por todos, consegui fazer-me compreender e logo uma cooperativa foi montada. Roubando uma expressão do nosso amigo Algures (manterei seu verdadeiro nome em segredo para a segurança do próprio - e da sua, leitor), nos apelidamos de UAREVAA e usamos os desenhos de nossa querida Kika para adornar o layout da bagaca. Pin se tornou nossa Lois Lane editora chefe e tudo passou a fluir bonitinho. Fizemos amigo secreto, criamos uma panelinha, batíamos papo ate tarde da noite. Mas, vejam só. Nunca nos conhecemos pessoalmente. Foram meses e meses de contato apenas através da NET. E então você leitor se pergunta, e por que vocês nunca se encontraram? Geografia básica, meu amigo. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte. Separados por kiloooometros de distancia, os integrantes do Uarevaa estavam incapacitados de se conhecer pessoalmente (mesmo porque somos todos duros - menos a Pin, que é milionária e vive numa ilha no Caribe). Incapacitados ate hoje.
Um belo dia devido ao trabalho eu sou enviado a São Paulo, capital. Na terra da garoa, onde milhões de pessoas vivem um ritmo frenético alucinante, este jovem Moura teria de enfrentar 40 dias de trabalho árduo e dedicação. Porem algo veio em minha mente, mesmo ela estando abarrotada de preocupações profissionais. Porra, o Duende e a Pin! Logo o contato foi feito, mas uma serie de contratempos (como eu morar longe bagaraleo) dificultavam nosso encontro. Ate na virada cultural, na qual o Duende me deu um baita bolo... hehehehe.

Mas nada estava perdido. Em pleno feriado de 1o de maio combinamos um churrasco. Sim, senhor, um churrasco DE quinta. Mas o grande problema era... E como raios eu faço pra voltar pra minha casa, na Zona Norte paulista, longe bagacete de Taboa da Serra, lar do anfitrião Duende Amarelo. A resposta foi rápida, rasteira e surpreendente: faz uma mala e passa o feriadão ae, Moura!

Dito e feito eu pego um ônibus, seguindo para o metro, ate a estação da Vila Mariana, onde deveria encontrar Pin. Mas que raios de celular que não tinha sinal! Enquanto loucamente tentava ligar para a musa do Uarevaa, eis que me viro e dou de cara com um menino jovem com uma reconhecível nareba, também grudado ao celular. Um tapa no ombro e eis que ele surge: Z. Abraços dados, cumprimentos feitos, surge Wandinha. Quem e Wandinha? Ora, a locomoção possante de Pin, vindo nos buscar. Beijos dados, cumprimentos feitos, seguimos para a Toca do Duende. Depois de uma loonga viagem, eis que chegamos ao nosso destino. Já com mochila nas costas, entro na casa do meu colega de blog. Alias o colega de blog com quem menos falava pelo MSN. Conheci enfim Duende Amarelo, ou Thiago, meu xará. Abraços dados, cumprimentos feitos, conheci a família Duende e agregados. Menção honrosa a James, o ogro amigo do Duende, e Romeuzinho.

Hora do churrasco: mas perae... e feriado poooo! Corre pra Vandinha e vamos achar um açougue aberto. Depois de rodarmos toda a pacata cidade de Taboao da Serra, eis que vemos um tiozinho tentando fechar a porta de seu pequeno açougue. Pin, com a delicadeza do Hulk numa loja de cristais, para o carro quase dentro do açougue. Descemos todos e nos munimos enfim de carne e cerveja (mesmo porque churrasco sem cerveja e como missa sem hóstia) e bora de volta. Carne, papo, musica e cerveja, não necessariamente nessa ordem, regaram a divertida tarde daqueles Uareviaanos. Mas a noite chegou, e com ela a despedida. Z teve que ir embora. Mas Pin e Duende logo me convidaram para assistir o jogo de futebol deles - alias a Pin, não sei se vocês sabem, e o Biro Biro de saias. Mas devido ao mau tempo o jogo foi cancelado e não pude ver as habilidades de nossa heroína nos gramados. De volta pra casa meu papo com o Duende se alongou um pouco - ate as cinco da manha.
No dia seguinte, depois de enfrentar com coragem minha ressaca, me joguei na frente do videogame com meu mais novo amigo Duende Amarelo e nos divertimos as pampas com Marvel Ultimate Alliance. Papo agradável e mais um pouco de cerveja, sempre. Mas a nossa baladinha marcada previamente corria um grande risco - a chuva não dava trégua. De fato, tivemos que cancelar a baladinha e nos contentarmos com mais um pouco de papo e mais uma ou duas cervejas. Mas nem tudo esta perdido e sempre ha. um boteco com sinuca por perto. E lá fomos Duende, Moura e James, ao encontro de um quarto amigo, o divertidíssimo Ju.

No sábado aquela leseira tomou conta, e mais videogame. A Pin veio nos dar o ar de sua graça novamente, e nos brindou com um agradável e super gentil “montinho”. Calcule ser acordado por um montinho da Pin. Agradável neh? Agora some a Pin, o Duende e o sempre leve ogro James. Não perfurei o pulmão por sorte.

Logo depois Pin e Duende estão deitados e eu tendo dormir. Ateh escutar a frase: ah, Pin... soh um dedinho... bem, hora de acordar neh pessoal?
E nos divertimos jogando Cara a Cara (lembra?) e Imagem e Ação. Detalhe para o dialogo durante o jogo:

A palavra é grito. Moura desenha um homem com a boca aberta.
Pin: - GRITANDO
Moura: - Não é verbo.
Pin: - GRITAR!
Moura: - Professor Pascoale, o que e verbo?

Mas nossa musa tinha que se retirar por causa de Chuck Norris, e novamente estávamos apenas Duende, James e eu. Ate as três da manha, quando o telefone toca e Ju, o parceiro de breja, convida-nos para, logicamente, ir pra um barzinho. E toca pro bexiga, pegar um boteco bacana. Enquanto eu e Ju tomávamos aquela cervejinha gelada, Duende e James, abstêmios por excelência, pediram um vinho. E então, pela primeira vez desde que o conheci, vi Thiago Duende Amarelo trocando as perninhas, mesmo que discretamente. No domingo o dia foi passando e a sensação de ter que ir embora foi sendo muito ruim. Sabe a sensação que da quando se ouve a musiquinha do Fantástico? A própria.

Quando cheguei de volta a meu apartamento na Zona Norte me dei conta que sentia falta deles.

Z, Pin... de colegas de Blog a amigões que dão saudade. Duende, o cara com quem eu menos tinha contato, um irmão.
Isso tudo e só pra dizer que a vida da gente as vezes parece um grande seriado. As vezes um drama, outras uma sitcom.

Historias de vida que se misturam e passam a fazer parte umas das outras, por obra do acaso, ou exatamente o contrario. Digo isso porque não acredito que conhecer essas pessoas foi acaso, Era pra ser assim, era pra nascer dessa maluquice toda uma amizade verdadeira.

Esse, galera, foi meu feriadão na casa do Duende. E o inicio da nossa amizade, que vai durar pra sempre.

E nois Irmão, ate o fim da eternidade.