Alguma coisa sobre Quadrinhos
Esta coluna esta atrasada. Costumo escrevê-la no domingo e enviá-la na terça feira à noite só para deixar a Pin apavorada, só que dessa vez eu esqueci de escrever e quando lembrei fiquei com preguiça. De qualquer forma estou aqui escrevendo em plena quarta feira sem ter a mínima idéia do que eu vou falar. Comentar da sexualidade do Batman só para causar polêmica? Não, banal demais, todo mundo faz isso. Falar sobre o excesso de peitos e bundas nas HQs? Não, outra coisa batida. Falar mal do Loeb? Não, extremamente banal, já esgotaram o assunto. Quer saber? Vou escrever um monte de borracha, afinal, ninguém lê essa coluna mesmo!
O objetivo de se publicar uma história em quadrinhos é gerar lucros, quanto mais comprarem suas revistas, mais dinheiro terá no caixa. É uma coisa óbvia, porém muito fanboy Zé Ruela não sabe disso: acha que as empresas de quadrinhos não visam lucro, que publicam seus heróis prediletos por puro gosto de agradar seus fãs, esses mesmos pedrobós também acreditam que o Batman é real! Provavelmente a primeira coisa que pensam quando vêem uma mulher pedaçuda seria o quanto ela é perfeita para o papel de Mulher Maravilha!
Portanto, como empresas, estas farão de tudo para conseguir dinheiro para abastecer o iate no fim de semana. Agora diferente das outras mídias, como televisão ou mesmo cinema, as artimanhas para agarrar o leitor de quadrinhos e fazê-lo comprar é muito mais difícil! Além de ser uma mídia está em vias de se tornar ultrapassada devido ao avanço tecnológico, ainda sofre a carência de novos leitores. Acreditem, não sou só eu que digo isso, o mercado de quadrinhos não se renova há tempos, os principais consumidores de hoje são leitores de ontem, já na casa dos trinta, muitas vezes carecas e barrigudos, ou seja, como manter esses caras comprando?
A forma mais usada é mostrar algo surpreendente que quebre o paradigma, que modifique alguma coisa e deixe o marasmo de lado, e isso é difícil pá cacete! Veja bem, nesses trocentos anos de quadrinhos milhares de histórias diferentes já foram contadas, zilhões de possibilidades exploradas! Quantas vezes já lemos frases como “uma saga que modificará para sempre a vida de”? E as incontáveis mortes e ressurreições nos quadrinhos? Esses recursos são tão explorados que já são pra lá de banais, vai me dizer que você ainda se surpreende com chamadas de capas dizendo que algum personagem morre naquela edição? Melhor ainda, você ainda dá atenção para as incontáveis mortes e ressurreições da Jean Grey? O negócio está tão batido que após alguém morrer nos quadrinhos automaticamente já imagino em que edição será sua ressurreição, talvez a única surpresa seja a desculpa esfarrapada que irão nos contar!
Quando as mortes, ressurreições e escrotices a mil não mais funcionam, apelam para mega sagas como as incontáveis crises da DC e as guerras da Marvel, que partem da mesma premissa: “Uma saga que modificará para sempre o universocomo o conhecemos!”, novamente é tão banal que já sabemos que depois de um tempo tudo volta ao normal, novamente a surpresa é sabermos qual desculpa esfarrapada usarão dessa vez!
Já notaram que tudo torna-se um ciclo? Observe a saga “one more day” do Homem Aranha, fica claro que recomeçam a vida do Peter sem a Mary Jane por não terem mais criatividade para contar nada novo! E olha que o Aranha não é da mesma idade do Super Homem! Em setenta anos já zeraram umas três vezes a história dele! Exatamente por esse ciclo que nos surpreendemos quando lemos algo como os Supremos, Lanterna Verde (Tropa Sinestro), Planetary, Demolidor e Fábulas por exemplo, pois estas histórias ainda nos prendem, nos surpreendem fugindo da banalização das velhas fórmulas batidas, trazendo algo novo, mesmo não sendo inédito! (a redundância paradoxal foi proposital! Se não entendeu volta pra escola sua mula!)
Finalizando, pois pra quem não tinha nada para escrever até que escrevi bastante: quadrinhos são comerciais e as empresas precisam ganhar dinheiro e para tanto farão o que for preciso para conseguir! Mesmo que isso muitas vezes desrespeite nossa inteligência! Não é nada pessoal, afinal os caras nem te conhecem fanboyzinho zé ruela!
Por Alex Matos e Al Lock.
Esta coluna esta atrasada. Costumo escrevê-la no domingo e enviá-la na terça feira à noite só para deixar a Pin apavorada, só que dessa vez eu esqueci de escrever e quando lembrei fiquei com preguiça. De qualquer forma estou aqui escrevendo em plena quarta feira sem ter a mínima idéia do que eu vou falar. Comentar da sexualidade do Batman só para causar polêmica? Não, banal demais, todo mundo faz isso. Falar sobre o excesso de peitos e bundas nas HQs? Não, outra coisa batida. Falar mal do Loeb? Não, extremamente banal, já esgotaram o assunto. Quer saber? Vou escrever um monte de borracha, afinal, ninguém lê essa coluna mesmo!
O objetivo de se publicar uma história em quadrinhos é gerar lucros, quanto mais comprarem suas revistas, mais dinheiro terá no caixa. É uma coisa óbvia, porém muito fanboy Zé Ruela não sabe disso: acha que as empresas de quadrinhos não visam lucro, que publicam seus heróis prediletos por puro gosto de agradar seus fãs, esses mesmos pedrobós também acreditam que o Batman é real! Provavelmente a primeira coisa que pensam quando vêem uma mulher pedaçuda seria o quanto ela é perfeita para o papel de Mulher Maravilha!
Portanto, como empresas, estas farão de tudo para conseguir dinheiro para abastecer o iate no fim de semana. Agora diferente das outras mídias, como televisão ou mesmo cinema, as artimanhas para agarrar o leitor de quadrinhos e fazê-lo comprar é muito mais difícil! Além de ser uma mídia está em vias de se tornar ultrapassada devido ao avanço tecnológico, ainda sofre a carência de novos leitores. Acreditem, não sou só eu que digo isso, o mercado de quadrinhos não se renova há tempos, os principais consumidores de hoje são leitores de ontem, já na casa dos trinta, muitas vezes carecas e barrigudos, ou seja, como manter esses caras comprando?
A forma mais usada é mostrar algo surpreendente que quebre o paradigma, que modifique alguma coisa e deixe o marasmo de lado, e isso é difícil pá cacete! Veja bem, nesses trocentos anos de quadrinhos milhares de histórias diferentes já foram contadas, zilhões de possibilidades exploradas! Quantas vezes já lemos frases como “uma saga que modificará para sempre a vida de
Quando as mortes, ressurreições e escrotices a mil não mais funcionam, apelam para mega sagas como as incontáveis crises da DC e as guerras da Marvel, que partem da mesma premissa: “Uma saga que modificará para sempre o universo
Já notaram que tudo torna-se um ciclo? Observe a saga “one more day” do Homem Aranha, fica claro que recomeçam a vida do Peter sem a Mary Jane por não terem mais criatividade para contar nada novo! E olha que o Aranha não é da mesma idade do Super Homem! Em setenta anos já zeraram umas três vezes a história dele! Exatamente por esse ciclo que nos surpreendemos quando lemos algo como os Supremos, Lanterna Verde (Tropa Sinestro), Planetary, Demolidor e Fábulas por exemplo, pois estas histórias ainda nos prendem, nos surpreendem fugindo da banalização das velhas fórmulas batidas, trazendo algo novo, mesmo não sendo inédito! (a redundância paradoxal foi proposital! Se não entendeu volta pra escola sua mula!)
Finalizando, pois pra quem não tinha nada para escrever até que escrevi bastante: quadrinhos são comerciais e as empresas precisam ganhar dinheiro e para tanto farão o que for preciso para conseguir! Mesmo que isso muitas vezes desrespeite nossa inteligência! Não é nada pessoal, afinal os caras nem te conhecem fanboyzinho zé ruela!
Por Alex Matos e Al Lock.