Arcade Noé

Heavy Rain



Vocês se lembram como era bacana na infância ficar imaginando como seriam os próximos jogos, o que conseguiríamos fazer de diferente ou o quão legal seria se determinado filme fosse “ jogável “? Pois é, o pessoal da Quantic Dream cansou de imaginar e resolveu botar a mão na massa.

 Lançado com exclusividade pro PS3 em fevereiro de 2010, Heavy Rain é um thriller policial com uma premissa básica que já era anunciada em seu trailer: o quão longe você iria para salvar alguém que ama?

 Há um assassino na cidade conhecido como Origami Killer. Na época mais chuvosa do ano (Outubro), uma criança é seqüestrada e encontrada poucos dias depois, afogada. Na mão direita da vítima há um origami e no peito da criança uma orquídea, as marcas registradas do tal assassino. Para investigar esse misterioso caso você controla quatro personagens. O desesperado Ethan que é pai da última vítima do Origami Killer. O detetive particular Scott Shelby. O agente do FBI Norman Jayden e a bela Madison Paige. Com exceção de Madison e Ethan, nenhum dos personagens se conhecem ou interagem entre si. Cada um, com sua motivação em especial, corre contra o relógio para resgatar Shaun, filho de Ethan.



 A grande sacada do jogo está em sua jogabilidade. Não existem comandos específicos pra você correr, andar, pular ou bater, mas sim em fazer determinados comandos em horas específicas. Sabe quando o Kratos finaliza seus inimigos em God of War e você precisa apertar determinados botões na hora certa? É tipo isso. Pra vocês entenderem mais ou menos a mecânica do jogo, confiram o vídeo abaixo narrado por um americano engraçadinho.



 Repararam que o sensor de movimento do controle do PS3 é bastante usado, né?!
 O legal é que praticamente não existem as famosas “cut scenes” já que você precisa interagir em praticamente 100% do jogo e o gameplay não perde em nada pras cenas em CGI. Simplesmente animal.

 Além da jogabilidade diferenciada o jogo é totalmente baseado em decisões, no mesmo esquema de Mass Efect. Matar ou não matar um traficante de drogas? Ajudar ou não ajudar uma prostituta indefesa? Cada decisão tomada influencia no personagem que você controla e automaticamente influencia no final do jogo que, só pra vocês saberem, são DEZOITO possíveis finais. Você pode terminá-lo com todos os personagens mortos ou então com todos vivos, ou sem descobrir quem é o assassino, ou tendo um inocente na cadeia pela suspeita de ser o Origami Killer etc.

 A sensação de que se está realmente jogando um filme é muito grande. Você tem drama, suspense romance, sexo e (ótimas) cenas de ação além de personagens carismáticos que te envolvem em seus próprios problemas. Por exemplo, logo de cara você acompanha a rotina de um fim de semana do bem sucedido e dedicado pai de família, Ethan, que, de uma hora para outra, perde o filho após um terrível acidente. Da próxima vez que jogar com o personagem ele já estará divorciado, sozinho, deprimido, inseguro e às margens da loucura com a possibilidade de ter o outro filho como vitima do assassino desconhecido. Ao mesmo tempo você controla o agente do FBI Norman Jayden que usa um sistema de investigação chamado IRM, que é basicamente um óculos e uma luva que o deixam numa espécie de mundo holográfico de onde ele faz suas investigações. Uma mistura de Minority Report com o Detective Mode do último jogo do Batman. Mas esse sistema acaba viciando a pessoa tanto quanto qualquer tipo de droga.

 A captura de movimento, expressões dos personagens, textura e iluminações de cenário também tiveram um cuidado especial e exploraram bastante e capacidade gráfica do atual carro-chefe da Sony.  

 Então aproveite os preços dos jogos que estão caindo e não deixe de conferir esse recente clássico da Sony. Fiquem com algumas imagens e trailer.
Clique pra ampliar. 







 PS: Pra quem não saiu do curso básico de inglês, não se preocupe. O jogo é legendado em português.   

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