Millenium
Por Rafael Rodrigues (vulgo Algures)
Bom, pessoal, seguindo a rodada de revezamentos para a segunda temporada da coluna do Moura, que foi para o espaço em busca da confirmação de vida inteligente (uma vez que ele não encontrou aqui na Terra), eu, Algures, este que vos fala, sigo trazendo para vocês uma matéria bem legal (pelo menos foi o que minha mãe disse) sobre uma das séries que mais influenciou meu trabalho.
Atualmente, a grande maioria das pessoas não conhece o nome de Chris Carter, mas ele foi o responsável por um dos maiores fenômenos dos anos 90 na TV americana, a série Arquivo X (que inclusive teve um longa-metragem recentemente). Mas o que pouca gente sabe é que Chris Carter foi também o responsável pela criação de uma das mais brilhantes – e assustadoras – séries já realizadas: Millennium.
Millennium traz a história de Frank Black, um ex-agente do FBI que decidiu escapar da violência e horror do mundo em que vivia em seu trabalho para ter uma vida feliz com sua esposa e filha. Apesar de aposentado, por assim dizer, continuou seu trabalho de campo quando convidado a fazer parte do Grupo Millennium, uma organização formada pelos melhores ex-agentes do FBI, CIA e outras organizações, e que presta consultoria para a polícia em casos extremamente complicados, principalmente relacionados a crimes em série. Frank era um conhecido “criador de perfis” (agentes experientes especializados em entender as motivações de um criminoso, e assim tentar antecipar os passos do mesmo). Sua habilidade era tanta que aquilo era praticamente um dom, como se ele pudesse “ver com os olhos do criminoso” (mais tarde foi revelado que isso era realmente um dom sobrenatural). Basicamente, a premissa era essa. Mas a série era muito mais.
De uma maneira que poucas vezes se vê na TV para o grande público, Millennium penetravam fundo na psique de assassinos psicóticos, seriais e crimes dos mais bizarros, nos trazendo, de maneira cruel, complexa e assustadora, uma visão bastante realista de mundo, sem grandes conspirações ou motivações intelectuais por trás de feitos macabros. Apenas uma insanidade vinda da própria natureza humana que, não só é complicado entender, como explicar também. Era uma série densa, apavorante e perturbadora. Definitivamente não para qualquer um.
Millennium teve três temporadas, de 1996 a 1999, mas cada uma delas foi completamente diferente da outra. Na primeira temporada, o foco principal eram os assassinatos seriais, suas motivações e como esse horror afetava Frank em sua vida pessoal e o que isso fazia à sua própria mente. Já na segunda temporada, foram introduzidos elementos sobrenaturais (não que já não existissem, mas eles eram bastante sutis e ficavam nas entrelinhas, assim como as principais discussões da série). Foi revelado que o Grupo Millennium era uma espécie de sociedade secreta ancestral que buscava formas de apressar o “Milênio” (como eles chamavam o fim dos tempos), que aconteceria na virada do ano 2000. Com isso, a mitologia da série começou a ser construída, mas a série ficou um pouco menos densa, mais fácil de ser entendida (e digerida) e mais “no nível do público em geral”. Já a terceira temporada contou com uma grande mudança no Status Quo da série, com a morte de personagens importantes e uma nova vida para Frank Black. Nessa temporada, os produtores tentaram mesclar os elementos sobrenaturais e a mitologia estabelecida na segunda com a densidade e complexidade da primeira. Apesar de três temporadas completas, a série nunca teve um final definitivo.
É possível encontrar episódios isolados da série em DVD e inclusive as temporadas completas (Aqui no Brasil só encontrei a primeira e a segunda temporada), e é uma série muito difícil de conseguir pela internet.
Com certeza um série recomendadíssima para quem não gosta de mesmice e tem a cabeça no lugar (porque, sério, ela é realmente perturbadora). Mas, se vocês não gostam de séries em que vocês precisam prestar muita atenção e assistir mais de uma vez para sacar todos os detalhes da história, passe longe. Millennium não é para os fracos. Nem para quem tem “medinhos”.
Para finalizar, fiquem com a abertura da série, que já dá uma idéia da coisa:
Curiosidades:
- O protagonista da série, Lance Henricksen, é mais conhecido por seu papel na série Alien;
- Um dos coadjuvantes da série, Terry O’Quinn hoje é mais conhecido como o John Locke, na série Lost;
- A série ainda teve um crossover com a série de maior sucesso de Chris Carter, Arquivo X. A história se passava na virada do ano 2000 e era basicamente para dar um fim digno à série. Mas o final foi apenas ok.
- O toque do meu celular é o tema de abertura da série (esta que você ouve no vídeo acima).
Mais informações sobre a série no Wikipédia em português e em inglês.
Millennium traz a história de Frank Black, um ex-agente do FBI que decidiu escapar da violência e horror do mundo em que vivia em seu trabalho para ter uma vida feliz com sua esposa e filha. Apesar de aposentado, por assim dizer, continuou seu trabalho de campo quando convidado a fazer parte do Grupo Millennium, uma organização formada pelos melhores ex-agentes do FBI, CIA e outras organizações, e que presta consultoria para a polícia em casos extremamente complicados, principalmente relacionados a crimes em série. Frank era um conhecido “criador de perfis” (agentes experientes especializados em entender as motivações de um criminoso, e assim tentar antecipar os passos do mesmo). Sua habilidade era tanta que aquilo era praticamente um dom, como se ele pudesse “ver com os olhos do criminoso” (mais tarde foi revelado que isso era realmente um dom sobrenatural). Basicamente, a premissa era essa. Mas a série era muito mais.
De uma maneira que poucas vezes se vê na TV para o grande público, Millennium penetravam fundo na psique de assassinos psicóticos, seriais e crimes dos mais bizarros, nos trazendo, de maneira cruel, complexa e assustadora, uma visão bastante realista de mundo, sem grandes conspirações ou motivações intelectuais por trás de feitos macabros. Apenas uma insanidade vinda da própria natureza humana que, não só é complicado entender, como explicar também. Era uma série densa, apavorante e perturbadora. Definitivamente não para qualquer um.
Millennium teve três temporadas, de 1996 a 1999, mas cada uma delas foi completamente diferente da outra. Na primeira temporada, o foco principal eram os assassinatos seriais, suas motivações e como esse horror afetava Frank em sua vida pessoal e o que isso fazia à sua própria mente. Já na segunda temporada, foram introduzidos elementos sobrenaturais (não que já não existissem, mas eles eram bastante sutis e ficavam nas entrelinhas, assim como as principais discussões da série). Foi revelado que o Grupo Millennium era uma espécie de sociedade secreta ancestral que buscava formas de apressar o “Milênio” (como eles chamavam o fim dos tempos), que aconteceria na virada do ano 2000. Com isso, a mitologia da série começou a ser construída, mas a série ficou um pouco menos densa, mais fácil de ser entendida (e digerida) e mais “no nível do público em geral”. Já a terceira temporada contou com uma grande mudança no Status Quo da série, com a morte de personagens importantes e uma nova vida para Frank Black. Nessa temporada, os produtores tentaram mesclar os elementos sobrenaturais e a mitologia estabelecida na segunda com a densidade e complexidade da primeira. Apesar de três temporadas completas, a série nunca teve um final definitivo.
É possível encontrar episódios isolados da série em DVD e inclusive as temporadas completas (Aqui no Brasil só encontrei a primeira e a segunda temporada), e é uma série muito difícil de conseguir pela internet.
Com certeza um série recomendadíssima para quem não gosta de mesmice e tem a cabeça no lugar (porque, sério, ela é realmente perturbadora). Mas, se vocês não gostam de séries em que vocês precisam prestar muita atenção e assistir mais de uma vez para sacar todos os detalhes da história, passe longe. Millennium não é para os fracos. Nem para quem tem “medinhos”.
Para finalizar, fiquem com a abertura da série, que já dá uma idéia da coisa:
Curiosidades:
- O protagonista da série, Lance Henricksen, é mais conhecido por seu papel na série Alien;
- Um dos coadjuvantes da série, Terry O’Quinn hoje é mais conhecido como o John Locke, na série Lost;
- A série ainda teve um crossover com a série de maior sucesso de Chris Carter, Arquivo X. A história se passava na virada do ano 2000 e era basicamente para dar um fim digno à série. Mas o final foi apenas ok.
- O toque do meu celular é o tema de abertura da série (esta que você ouve no vídeo acima).
Mais informações sobre a série no Wikipédia em português e em inglês.